quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Tempo Breve (Laynne Beatriz

Mantendo na mão o relógio
Me divido no desalento
Do efêmero momento
E faço dele um apanágio

Querer o tempo reter
Não desperdiçar cada instante
De ser estação incessante
Breve e doce acalento

Dividir-me em teus braços
Sentir os teus sentidos
Ouvir os teus gemidos
E abrir-me feito compassos

Sutil inconseqüência
Ondas da psique
Sem freqüência sem limite
Sem obrigação com a carência

Depois inabalável
Sentindo tudo freneticamente
Absorta pelo desejo frequente
Enlevada e incontrolável

Momento de ser
Momento de sonhar
Momento de ter
Momento de amar

Apenas me Permitir (Laynne Beatriz)

Não quero crescer e nem voltar a ser
Quero apenas me equilibrar
Não quero ir nem voltar
Apenas crer

Nos mistérios da vida
Na onda que vai
Na fala que sai
No momento que abriga

Nesse abraço apertado
No apelo desprovido
Se sente contido
Quieto e não calado

As desventuras da experiência
Os devaneios incontidos
Do amor não retido
Da afetiva carência

Não quero morrer e nem voltar a ser
Quero apenas me permitir
Não quero partir
Apenas te ter
(Laynne Beatriz)